Nome Científico: Maytenus ilicifolia (Schrad.) Planch.

Sinonímia Botânica: Celastrus spinifolium Larrañaga; M. officinalis Mabb.

Família: Celastraceae

Parte Utilizada: Folha

INCI: Não Aplicável

CAS: Não Aplicável

HISTÓRICO
A espinheira-santa foi muito empregada na medicina popular e indigenista desde há muitos anos, especialmente como vulnerárea, antiulcerosa, antitumoral e antiasmática. Em 1922 ganhou notoriedade a partir das investigações do
professor Aluízio Franca, da Faculdade de Medicina do Paraná, que descreveu as propriedades antiulcerogênicas dessa espécie em um grupo de pacientes. Na década de 1980, foi uma das espécies estudadas pelo Programa de Pesquisa em Plantas Medicinais da CEME, sendo incluída na Farmacopeia Brasileira e também na lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado.

DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Trata-se de um arbusto perene, dióico, de até 5 m de altura, podendo alcançar 10 m de altura no interior da Mata Atlântica. Apresenta folhas coriáceas alternas, com pecíolos de 1,5 a 5 cm de comprimento, lâmina elípticas de 2 a 7 cm de altura por 1,5 a 3 cm de largura, ápice agudo, com margens dentadas espinhosas, base cuneada ou arredondada, feixe verde brilhante e reverso. Possui inflorescências dispostas em fascículos axilares amarelados ou solitárias, sendo as flores actinomorfas pequenas e brevemente pediceladas. O fruto é uma cápsula ovóide ou elipsóide, avermelhada, bivalve, de 1 cm de comprimento e com 1 a 4 sementes avermelhadas em seu interior. Floresce na primavera e frutifica no verão.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Apresenta em sua composição alcalóides como maitansina e maitanprina, monoterpenoides, sesquiterpenoides, triterpenoides como friedelina e maitenina, fitoesteróis como campesterol e simiarenol, flavonóides como catequina e
quercetina, antocianinas, ácidos fenólicos como o ácido clorogênico, taninos, saponinas, resina, mucilagem e trações de sais minerais como ferro, cálcio, sódio e enxofre.

PROPRIEDADES
Destacam-se as atividades antiulcerogênica, anti-inflamatória, antimicrobiana, cicatrizante, gastroprotetora e protetora de mucosas, sendo utilizada em úlceras gástricas e duodenais, gastrites, digestão lenta e constipação intestinal.

APLICAÇÕES
DOSAGEM I MODO DE USAR: Não há referências nas literaturas consultadas.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Uso interno, via oral.
TOXICIDADE I EFEITOS ADVERSOS: Cefaleia, sonolência e náuseas.
CONTRAINDICAÇÕES: Uso contraindicado para crianças muito pequenas.
USO DURANTE A GESTAÇÃO / LACTAÇÃO: Uso contraindicado.

FARMACOTÉCNICA
SOLUBILIDADE: Insolúvel em água.
ORIENTAÇÕES: Alterações da cor são esperadas por modificações dos compostos coloridos das plantas.
PRAZO DE VALIDADE: 24 meses.
A validade será desconsiderada caso o produto seja manipulado ou armazenado em locais inadequados.
CONSERVAÇÃO / ARMAZENAMENTO: Conservar hermeticamente ao abrigo da luz, em local seco e arejado, longe de umidade e calor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALONSO, J. R. Tratado De Fitofármacos E Nutracêuticos. 1a Ed, São Paulo: AC
Farmacêutica, 2016.

SAAD, G. A. et al. Fitoterapia Contemporânea – Tradição e Ciência na Prática
Clínica. 2a Ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

TESKE, M.; TRENTINI A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 3a Ed, Curitiba:
Herbarium, 1997.

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