Fórmula Molecular: C22H30Cl2N10.2C6H12O7
Peso Molecular: 897,7626
DCB: 02437 – digluconato de clorexidina
CAS: 18472-51-0
INCI: Não aplicável.
Sinonímia: Clorexidina, Chlorhexidine, gluconato de clorexidina, digluconato de clorexidina.
Aparência Física: liquido quase incolor ou amarelo pálido.
Composição: não aplicável

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS

  • Produto de origem sintética

APLICAÇÕES / PROPRIEDADES

  • Antisséptico
  • Antimicotico
  • Bactericida e bacteriostático

INDICAÇÕES

  • uso veterinário e humano
  • tratamento de amplo espectro contra bactérias, gram positivas e gram negativas
  • tratamento contra fungos e alguns tipos de vírus

Vias de Administração / Posologia ou Concentração:
Tópico: 0,002 a 4,0%

FARMACOLOGIA

Mecanismo de Ação:
A clorexidina é um antisséptico e desinfetante derivado da bisbiguanida, possui ação bactericida e bacteriostático contra um amplo espectro de bactérias gram positiva e gram negativas. É mais efetivo contra bactérias gram positivas do que gram negativas, e possui pouco efeito sobre algumas espécies de Pseudomonas e Proteus. É praticamente ineficaz contra micobacterias. Clorexidina inibe alguns vírus e possui atividade contra alguns fungos. Não possui ação contra esporos de bactérias em temperatura ambiente.

Efeitos Adversos:
O uso tópico de clorexidina pode levar ocasionalmente a sensibilidade da pele. Casos de hipersensibilidade grave, como choque anafilático, são raros.
Em altas concentrações, as soluções podem causar irritação da conjuntiva e mucosas.

O uso de pasta dental e enxaguante bucal contendo clorexidina pode levar a descoloração reversível da língua, dentes e silicato ou reposição da composição dental.
Sensação de queimação na língua e distúrbios passageiros no paladar podem ocorrer no início do tratamento. Em caso de descamação da cavidade oral, diluir 50% do enxaguante bucal com agua.
O principal efeito da ingestão de clorexidina é a irritação da mucosa. Sua toxicidade sistêmica é rara devido a sua absorção pelo trato gastrointestinal ser mínima. É recomendada lavagem gástrica com demulcentes no caso de intoxicação aguda.

Contraindicações / Precauções:
Não é recomendado o uso no ouvido médio e outros tecidos e órgão sensíveis.
O contato com os olhos deve ser evitado, exceto em formulações apropriadas para este fim. A clorexidina pode ser absorvida por alguns tipos de lentes de contato gelatinosas e causar irritação nos olhos, apesar disso, a lente pode ser substituída por outra.

REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
A clorexidina é uma substância química que foi introduzida há muitos anos como anti-séptico de largo espectro contra bactérias Gram-positivas e negativas. É uma biguandina com propriedades catiônicas. Quimicamente é classificada como
Digluconato de Clorexidina, é uma molécula estável, que quando ingerida é excretada pelas vias normais, sendo que a pequena porcentagem retida no organismo não é tóxica. Quando em baixas concentrações, provoca lixiviação de substâncias de pequeno peso molecular, como o potássio e o fósforo, exercendo efeito bacteriostático e bactericida em altas concentrações. Age nas bactérias rompendo a integridade de suas membranas citoplasmáticas resultando na perda de constituintes celulares vitais como o ácido nucleico e potássio. Desta maneira, embora a clorexidina mate formas vegetativas de bactérias, não demonstra efetividade contra esporos, exceto em temperaturas elevadas.
A clorexidina pode ser formulada em loções, enxaguantes, e cremes para desinfecção e limpeza da pele e de mucosas, em gel oral, sprays e enxaguante bucal. Pode ser usado como desinfetante de pele para procedimentos operatórios. Em baixas concentrações (0,01%) pode ser usado em soluções oftalmológicas, e em mais baixas ainda (0,002 a 0,006%) pode ser usado em soluções para desinfetar lentes de contato. Desse modo, a clorexidina possui ampla faixa de dosagem para uso tópico, porém o farmacêutico e o médico devem-se atentar a finalidade para ter a concentração mais segura.

FARMACOTÉCNICA
Estabilidade (produto final):
Informação não encontrada nas referências consultadas.

pH Estabilidade (produto final):
Entre 5,5 a 7,0

Solubilidade:
Miscível em agua, em álcool etílico 96,0% (não mais que 5 partes), em acetona (não mais que 3 partes)

Excipiente / Veículo Sugerido / Tipo de Cápsula:
Utilizar veículo não iônico, como gel não iônico ou emulsão não iônica. Shampoo catiônico.

Orientações Farmacotécnicas:
Atentar-se às incompatibilidades do fármaco.

Compatibilidades (para veículos):
Não aplicável.

Capacidade de Incorporação de Ingredientes Farmacêuticos (para veículos):
Não aplicável.

Incompatibilidades:
Nitrato de prata, cloranfenicol, alginato de sódio, carboximetilcelulose, sulfamidas sódicas, penicilinas,tensoativos aniônicos, ions cloreto, fosfato e sulfato.
Substancias aniônicas, sabões tensoativos aniônicos e agentes suspensores, como alginatos e goma de tragacanto, boratos, bicarbonatos, carbonatos, cloretos, citratos, nitratos, fosfatos e sulfatos, formando sais poucos solúveis.
Pouco estável em embalagens de vidro e em pH abaixo de 5,0 e acima de 7,0.
Altas concentrações de eletrólitos, acácia, CMC, amido sulfato de cobre, verde brilhante, cloranfenicol, fluoresceína sódica, formol, nitrato de prata e sulfato de zinco.
Creme aniônico, gel aniônico, loção aniônica.
Inativada parcialmente por lecitina e Tween 80.

Conservação / Armazenamento do insumo farmacêutico definido pelo fabricante:
Temperatura ambiente.

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